quinta-feira, 13 de maio de 2010

domingo, 17 de maio de 2009

Poemas Seleccionados

A luz pequenina

Na noite mais escura do meu ser
Há sempre uma luzinha a cintilar.
É uma luzinha pequenina e trémula
Que vigia a minha noite, sem cessar,
Tal como o farol, que do alto da falésia,
Guia o barquinho na escuridão do mar.

E quando o sol radiante reaparece
E a luzinha eu deixo de ver,
Eu sei que, quando a noite voltar,
Ela lá está, volta a aparecer.

E que luzinha é essa? - diz alguém.
Não será somente fantasia?
Mas eu sei que aquela luzinha pequenina,
Que ilumina a noite do meu ser,
Irá cintilar sempre até ao amanhecer
Dum novo e radioso dia.

Fernanda Tarelho



Discrição

Olhai as violetas
pequeninas, discretas,
mas tão perfumadas.
Exalam fragância,
que a longas distâncias
as faz procuradas.

E o humilde croco
pelo campo disperso?
Mal se dá por ele.
Porém, no seu coração,
são oiro os seus estames,
o oiro do açafrão.

Salete Brás Serra

Alcinda Santos

UMA EXPERIÊNCIA DE VIDA NA UNIVERSIDADE SÉNIOR DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS EDUCATIVAS

Muito, muito casualmente, soube da existência da Universidade Sénior a funcionar no ISCE.

Logo que me foi possível, contactei a Instituição, e inscrevi-me no primeiro semestre do ano lectivo de 2008/2009.

AS MINHAS EXPECTATIVAS

- Que a U.S. me desse a possibilidade de:
1- Desenvolver convívios saudáveis, brincar a ser jovem, desafiar criatividades…;
2- Usar poder de resolução baseado em saberes de experiências feito…
3- Realizar novas aprendizagens…
4- Afastar o espectro da insana “Terceira Idade”…, solitária, tremenda, angustiante, frustrante…

- Enfim: Esquecer acima de tudo que o envelhecimento é um processo natural, nada, mesmo nada fácil, por muito preparado que se esteja, ou se pense estar.

O QUE ENCONTREI NO ISCE:

A COORDENADORA DOS SÉNIORES
A D. Maria do Céu, extremamente afável, discreta, responsável e sempre disponível.

OS PROFESSORES:
Antes de entrar neste capítulo que me é tão gratificante, gostaria de salientar que a totalidade dos professores que está a exercer na U.S. o faz a título de voluntariado, (gratuitamente) o que revela, logo à priori, a sua grandiosidade de carácter, disponibilidade e humanidade louváveis;

Assim vou permitir-me falar um pouco sobre eles e, se me permitirem, opinar sobre o Professor em geral e até “brincar” um pouco com os meus “Profs. do Primeiro Semestre, porque para mim:.

Ser professor

É o cume da esperança na remoção de obstáculos,na capacidade de criar, de inovar, de ensinar a aprender, a descobrir, a conhecer, a recapitular…

É o não desanimar, apesar da conjuntura social, qualquer que ela seja.

É o esquecimento das horas em que necessariamente tem que renovar conhecimentos, sempre aberto a novas tecnologias e descobertas científicas.

É o “descurar” necessário de algum apoio à família, porque um professor não tem horário de trabalho.

É o ver e o rever de textos com/sem/alguns/conhecimentos apreendidos ou não, num esfregar de olhos cansados pela exaustão, pelo enorme esforço despendido, tão, tão ignorado por tantos…

Tanto haveria a dizer mais sobre essa GRANDE, MAGNÍFICA profissão, mas fico-me por aqui.

Sem querer melindrar nenhum dos meus “Profs” do 1º semestre, até porque todos me merecem o maior respeito e amizade, todos eles tão diferentes e tão iguais na prossecução e consecução do seu objectivo: repartir parte do seu tempo connosco, partilhando os seus saberes, atrevo-me agora a “Brincanalisar” sobre cada um deles:

* O Dr. Rui Lourenço: professor de Informática, pontual, eficiente, paciente, carácter de percursos rectilíneos, (certinho), sempre munido de um leve sorriso, mostrando disponibilidade total, dando atenção personalizada, repetindo e tornando a repetir os mesmos ensinamentos, sempre com a mesma paciência e atenção, a uma turma atenta, interessada, mas ainda pouco conhecedora. Um bom professor.

* A Mestre Nazaré Baptista, professora de Inglês, um espectáculo dentro do espectáculo que são as suas aulas, onde constantemente demonstra as suas enormes capacidades de comunicar, promover a interacção na aprendizagem, (repeat, repeat, listen and tell me, please), a sua camaradagem, incentivadas pela sua tão natural esfusiante e contagiante alegria. (Nunca esquecer: Em Inglês, os adjectivos, sempre no singular e antes do substantivo). É um “anjo” a falar a língua dos anjos que, em seu entender, eles (os anjos, claro) só podem falar inglês.

* O Dr. Liesmet Perez, professor de Espanhol, que, na sua maneira muito peculiar de comunicar, nos leva a partilhar do seu grande gosto por su nacionalidad, un bohemio (romântico) sonhador, homem grande com olhos de menino travesso, comunicador, amante de poesia que nos traz en audiciones, para daí partir para a ortografia, semântica e vocabulário, num trabalho sério, levado a brincar.

Su citación, “La felicidad no es más que hacer eterno lo pasajero”, diz muito sobre ele mesmo.

* O Dr. Manuel Varges, o político por excelência. Toda a sua postura é política e neutra enquanto professor de Economia Social e Política.

Sempre atento ao que se passa diariamente em Portugal e no mundo, explica com paciência e sabedoria o que são o“PIB” o “Sub-Prime” as “Off-Shores”, e tudo o mais que semanalmente acontece, duma forma simples, prática e intuitiva.

Dá gosto questioná-lo, porque nada deixa por esclarecer, fundamentando, e dando bases para que possamos estar por dentro dos acontecimentos, quer nacionais, quer internacionais

* O Dr. Diogo Teixeira, professor de dança, menino paciente, respeitador, sapiente, que, apesar de todas as quartas-feiras começar às nove da manhã connosco, e acabar o seu trabalho diário às nove da noite, não deixava de sorrir e às vezes até corar com algum “dixote” mais atrevido que eventualmente saísse de alguma de nós. Enfim, aquele menino educado e trabalhador que todos nós gostaríamos de ver no perfil dos nossos filhos.

COMENTÁRIO FINAL: Que bom que é estar aqui, com tais professores e tais colegas, também espectaculares.

Bem hajam por serem todos como são e também por todos contribuírem para me sentir feliz convosco, considerando que o tempo que dividimos, me enriquece e me enobrece.

O meu muito obrigado a todos


Mª Antónia Pereira Beirão

Sessão de Câmara

No dia 25 de Março de 2009, os alunos que frequentam as aulas de Economia Social e Política e de Direito na Universidade Sénior do I S C.E, estiveram nos Paços do Concelho, a assistir a uma Sessão da Câmara Municipal de Odivelas. Esta reunião foi presidida pela Drª Susana Amador na qualidade de presidente e os vereadores que compoem o executivo.

Connosco (os alunos), estiveram os professores Dr. Manuel Varges e Drª Natália Santos, que leccionam as respectivas cadeiras e a Drª Isabel Aires em representação da Instituição que frequentamos.

Fomos recebidos com a maior deferência, e consecutivamente saudados na generalidade das intervenções feitas pelos vereadores que intervieram na sessão.
O nosso particular agradecimento a todos que, em boa hora, contribuíram para a nossa presença nesta sessão de Câmara.

Atentos, procurámos ouvir o máximo, sobre saúde e mais Saúde, insistindo a Vereadora na não deslocação do CATUS para Sto António dos Cavaleiros, Educação e logística da EB1 de Caneças, Plataforma L24, Obras na Serra da Luz, tudo isto antes da ordem do dia.
Lamentamos já na Ordem do dia, as condições existentes não serem as ideais para uma melhor compreensão e audição dos temas em debate, dada a falta de som derivada de avaria eléctrica geral.

Por fim interveio a Drª Isabel Aires que agradeceu ao Executivo a nossa presença nesta sessão, a parceria feita com o ISCE, lembrando ao Vereador da área da saúde que seria uma boa iniciativa futura, estender aos Séniores do ISCE os rastreios e outras iniciativas tomadas, ou a tomar.

Foi oferecido um exemplar do livro” Anatomia de um Sonho” de Miguel Barbosa”, a todos e assim finalizámos com prazer e agradecimento, a oportunidade desfrutada.

Fica-nos porém, algum desgosto por não nos ter sido possível intervir e poder expôr dúvidas que trazíamos.

Mas outras ocasiões surgirão e com a experiência adquirida não deixaremos de nos inscrever, e, por agora, só nos resta agradecer mais uma vez.

Mª Antónia Beirão

O ano da confusão

Quando Júlio César foi nomeado pontífice de Roma, em 46 a.C.
as datas do calendário estavam completamente desfasadas dos acontecimentos. Então a conselho do astrónomo Sosivenes, o imperador fez com que o ano da sua coroação tivesse 445 dias, para acertar as datas com os fenómenos astronómicos. Chamaram-lhe, por isso, o ano da confusão. É o calendário, com este acerto - Juliano, em honra de Júlio César que hoje utilizamos, mas com um outro acerto mais: o do Papa Gregório XIII, em 1582, dando origem aos anos bissextos, porque o ano juliano excedia em 11 minutos e 14 segundos o ano solar.

Lulu Bom

NÃO SOU POETA

NÃO SOU POETA NEM ESCRITOR

TENHO FEITO DE TUDO UM POUCO
PARA ASSIM CONSEGUIR VIVER

GOSTAVA DE ENSINAR
TODO O POUCO QUE SEI
PARA VOLTAR A VER FELIZ
TUDO AQUILO QUE CRIEI

NEM SÓ DO PÃO VIVE O HOMEM
LÁ DIZ O VELHO REFRÃO,
CASA ONDE NÃO HÁ PÃO
TODOS RALHAM E NINGUÉM TEM RAZÃO

FUI BOM FILHO E SOU BOM PAI
TUDO ISTO ME DÁ PRAZER
NÃO SEI SE VALE A PENA VIVER
COM TANTA DESILUSÃO
NESTE MUNDO CÃO.

ADEUS COMPANHEIRO/AS UMA BOA PÁSCUA

Manuel Seixas

Poema para nós

As coisas que marcam o tempo,
cada qual tem seu papel,
o relógio,por exemplo,
implacável e cruel,
faz seu serviço de graça,e
passo a passo lentamente,
encolhe a vida da gente,
a cada hora que passa.

O espelho,fiel,sincero,
com ele ninguém se ilude,
agrada-nos na juventude,
reflecte força e beleza,
mas agride na velhice,
mostrando até a rabugice,
que é própria da natureza.

um abraço para todos os amigos e colegas.

Aline Rocha