domingo, 17 de maio de 2009

UMA EXPERIÊNCIA DE VIDA NA UNIVERSIDADE SÉNIOR DO INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS EDUCATIVAS

Muito, muito casualmente, soube da existência da Universidade Sénior a funcionar no ISCE.

Logo que me foi possível, contactei a Instituição, e inscrevi-me no primeiro semestre do ano lectivo de 2008/2009.

AS MINHAS EXPECTATIVAS

- Que a U.S. me desse a possibilidade de:
1- Desenvolver convívios saudáveis, brincar a ser jovem, desafiar criatividades…;
2- Usar poder de resolução baseado em saberes de experiências feito…
3- Realizar novas aprendizagens…
4- Afastar o espectro da insana “Terceira Idade”…, solitária, tremenda, angustiante, frustrante…

- Enfim: Esquecer acima de tudo que o envelhecimento é um processo natural, nada, mesmo nada fácil, por muito preparado que se esteja, ou se pense estar.

O QUE ENCONTREI NO ISCE:

A COORDENADORA DOS SÉNIORES
A D. Maria do Céu, extremamente afável, discreta, responsável e sempre disponível.

OS PROFESSORES:
Antes de entrar neste capítulo que me é tão gratificante, gostaria de salientar que a totalidade dos professores que está a exercer na U.S. o faz a título de voluntariado, (gratuitamente) o que revela, logo à priori, a sua grandiosidade de carácter, disponibilidade e humanidade louváveis;

Assim vou permitir-me falar um pouco sobre eles e, se me permitirem, opinar sobre o Professor em geral e até “brincar” um pouco com os meus “Profs. do Primeiro Semestre, porque para mim:.

Ser professor

É o cume da esperança na remoção de obstáculos,na capacidade de criar, de inovar, de ensinar a aprender, a descobrir, a conhecer, a recapitular…

É o não desanimar, apesar da conjuntura social, qualquer que ela seja.

É o esquecimento das horas em que necessariamente tem que renovar conhecimentos, sempre aberto a novas tecnologias e descobertas científicas.

É o “descurar” necessário de algum apoio à família, porque um professor não tem horário de trabalho.

É o ver e o rever de textos com/sem/alguns/conhecimentos apreendidos ou não, num esfregar de olhos cansados pela exaustão, pelo enorme esforço despendido, tão, tão ignorado por tantos…

Tanto haveria a dizer mais sobre essa GRANDE, MAGNÍFICA profissão, mas fico-me por aqui.

Sem querer melindrar nenhum dos meus “Profs” do 1º semestre, até porque todos me merecem o maior respeito e amizade, todos eles tão diferentes e tão iguais na prossecução e consecução do seu objectivo: repartir parte do seu tempo connosco, partilhando os seus saberes, atrevo-me agora a “Brincanalisar” sobre cada um deles:

* O Dr. Rui Lourenço: professor de Informática, pontual, eficiente, paciente, carácter de percursos rectilíneos, (certinho), sempre munido de um leve sorriso, mostrando disponibilidade total, dando atenção personalizada, repetindo e tornando a repetir os mesmos ensinamentos, sempre com a mesma paciência e atenção, a uma turma atenta, interessada, mas ainda pouco conhecedora. Um bom professor.

* A Mestre Nazaré Baptista, professora de Inglês, um espectáculo dentro do espectáculo que são as suas aulas, onde constantemente demonstra as suas enormes capacidades de comunicar, promover a interacção na aprendizagem, (repeat, repeat, listen and tell me, please), a sua camaradagem, incentivadas pela sua tão natural esfusiante e contagiante alegria. (Nunca esquecer: Em Inglês, os adjectivos, sempre no singular e antes do substantivo). É um “anjo” a falar a língua dos anjos que, em seu entender, eles (os anjos, claro) só podem falar inglês.

* O Dr. Liesmet Perez, professor de Espanhol, que, na sua maneira muito peculiar de comunicar, nos leva a partilhar do seu grande gosto por su nacionalidad, un bohemio (romântico) sonhador, homem grande com olhos de menino travesso, comunicador, amante de poesia que nos traz en audiciones, para daí partir para a ortografia, semântica e vocabulário, num trabalho sério, levado a brincar.

Su citación, “La felicidad no es más que hacer eterno lo pasajero”, diz muito sobre ele mesmo.

* O Dr. Manuel Varges, o político por excelência. Toda a sua postura é política e neutra enquanto professor de Economia Social e Política.

Sempre atento ao que se passa diariamente em Portugal e no mundo, explica com paciência e sabedoria o que são o“PIB” o “Sub-Prime” as “Off-Shores”, e tudo o mais que semanalmente acontece, duma forma simples, prática e intuitiva.

Dá gosto questioná-lo, porque nada deixa por esclarecer, fundamentando, e dando bases para que possamos estar por dentro dos acontecimentos, quer nacionais, quer internacionais

* O Dr. Diogo Teixeira, professor de dança, menino paciente, respeitador, sapiente, que, apesar de todas as quartas-feiras começar às nove da manhã connosco, e acabar o seu trabalho diário às nove da noite, não deixava de sorrir e às vezes até corar com algum “dixote” mais atrevido que eventualmente saísse de alguma de nós. Enfim, aquele menino educado e trabalhador que todos nós gostaríamos de ver no perfil dos nossos filhos.

COMENTÁRIO FINAL: Que bom que é estar aqui, com tais professores e tais colegas, também espectaculares.

Bem hajam por serem todos como são e também por todos contribuírem para me sentir feliz convosco, considerando que o tempo que dividimos, me enriquece e me enobrece.

O meu muito obrigado a todos


Mª Antónia Pereira Beirão

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